PROFESSORA CECÍLIA CONCEIÇÃO SOARES
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO I( 60h.)
Ementa: Evolução do processo educacional e as instituições educativas: das antigas civilizações orientais. A Idade Média. A pedagogia europeia: manifestações, tendências e modelos pedagógicos do século XV ao século XX.
A
História da Educação I, disciplina do primeiro semestre. Durante o
semestre foi feita a leitura dos textos:O que é Educação; História da
Educação; A educação do homem medieval; A história da educação no
Brasil; A Educação de Paulo Freire; Educação brasileira:Ensino de 1º e
2º graus (antes,agora e depois); Propostas de Anísio Teixeira; Educação e
Contemporaneidade: Formação tecnológica; Educação à distância; educação
e diversidade sócio-cultural no período republicano. Feita apresentação
de alguns assuntos em forma de seminários, como por exemplo, o grupo o
qual fiz parte apresentou o seminário sobre a Educação brasileira:o Ensino de 1º e 2º graus (antes, agora e depois) e Educação e Contemporaneidade: Educação à distância.
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História
da Educação I, foi a segunda disciplina apresentada à turma no primeiro
semestre de 2011. Ministrada pela professora Cecília Conceição, na
segunda-feira de 11:05h às 12:45h e na quarta-feira de 07:30h às 09:10h.
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Muitos textos foram debatidos em sala de aula, foram apresentado seminários
e
trabalhos escritos, bem como, fomos avaliados em três unidades, desde o
primeiro dia de aula, com a participação nos debates dos textos lidos.
Iniciamos
conceituando os termos: educação;cultura; ideologia; escola; pedagogia:
A cultura influencia e estabelece os processos de aprendizagem de uma
sociedade. De acordo com a leitura do texto "Educação indígena",
analisamos o modelo de educação em culturas com ausência da língua
escrita e o conceito de educação.
Educação são processos sociais de aprendizagem. De acordo com o texto lido,
não
existe propriamente, nenhuma situação escolar de transferência do saber
tribal que vai do fabrico do arco e flecha à recitação de rezas
sagradas aos deuses da tribo. Tudo que se sabe, era adquirido aos
poucos, com a convivência em diferentes situações. Na educação indígena
não há mestres determinados, nem inspetores especiais para a formação da
juventude. Esses papéis eram desempenhados por todos os anciãos e pelo
conjunto das gerações anteriores. A educação indígena era passada
oralmente para as crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos. O
que se percebe é que a oralidade narra o que se encontra na memória que
ocorre pelas práticas repetidas dos mais velhos para grupos que não
tinham a escrita.
"A
língua escrita e os padrões culturais, gestados na organização dos
Estados, impôs conteúdos e ideologias a serem difundidos de acordo com
as relações de poder entre as sociedades". Comentamos historicamente
essa frase e conceituamos as expressões-chave: cultura - ideologia -
escola - pedagogia.
• Cultura - Toda
sociedade produz cultura. A cultura reflete os costumes, a língua, o
modo de pensar, os valores, a crença, as técnicas, os pensamentos
científicos, as expressões artísticas, os padrões de comportamento etc.
de uma sociedade.
Cultura
é conjunto de regras que nos diz
como o mundo pode e deve ser classificado. É o conjunto de conhecimentos,
saberes, crenças, valores espirituais e materiais transmitidos
individual ou coletivamente e característico
de uma sociedade. É a capacidade humana de atribuir significados às
ações e ao mundo. Usamos a cultura para classificar as pessoas e, às vezes,
grupos sociais, etnia, ou mesmo sociedades inteiras.
Sendo
assim, compreender a cultura de uma sociedade e estabelecer relações de
proximidade e de contraste com outras culturas pode revelar muito sobre
os seres humanos e seu tempo. Porém, cada um já nasce em determinada
cultura e, provavelmente para julgar a cultura do outro e usando como
critério, a sua própria cultura.
• Ideologia - Conjunto de ideias quaisquer ou o conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos.
• Escola - instituição de ensino; lugar onde o aluno adquire conhecimento.
• Pedagogia - ciência da educação que estuda as teorias e as práticas educativas.
Nessa concepção, pedagogo é o profissional que
atua em várias instâncias da prática educativa, indireta ou diretamente
vinculadas à organização e aos processos de aquisição de saberes e modos de
ação, com base em objetivos de formação humana definidos em uma determinada
perspectiva.
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Segundo
o texto: "A tradição de Roma:formação do cidadão", principais tópicos
discutido foi a religião, a família e a educação romana. Vejamos:
Na religião, as relações entre os homens e os deuses eram de ordem
externa, seguindo a linha de vantagens mútuas. Mesmo em assuntos das
divindades, os romanos sentiram a influência grega: Júpiter Ótimo
Máximo, guardião do Estado romano e deus dos deuses, corresponde a Zeus;
Minerva, a padroeira do artesanato, corresponde à Athena; Vênus,
corresponde à Afrodite, a deusa do amor; Netuno, corresponde a
Posseidão, deus dos mares etc.
Desde o
século VI, havia um sistema de escrita, mas era utilizado quase
exclusivamente para copiar leis, tratados, orações e inscrições
funerárias. O processo educativo romano é a formação dos
filhos para serem úteis à pátria. Portanto, devem ser instruídos pelos
costumes do Estado e das instituições dos antepassados.
A
educação romana é uma obrigação compartilhada pelos pais: ao pai cabe à
disciplina severa e autoritária; a influência da mãe demonstra na
criança a educação moral. Para os romanos, a moral equipara-se ao
patriotismo. O respeito à autoridade e à tradição, a reverência para com
os antepassados e ao dever para com a Pátria e a família.
A
família é a instituição mais significativa na sociedade romana e é o
principal agente educativo de caráter moral. O pai desempenha funções de
sacerdote e magistrado da família.
Completando
oito ou nove dias de nascido, o filho é inspecionado para ver se merece
viver ou não.Aprovado, a família festeja e assume a tarefa de cuidar da
criança, educando-a para no futuro assumir os deveres de cidadão.
O
elemento fundamental no processo educativo são as tradições. O pai
exemplifica aquelas qualidades que a sociedade deseja ver no aluno, o
homem bom e piedoso, ou seja, o homem virtuoso, o homem reto e corajoso,
o homem honesto e firme, de caráter sério e prudente.
O
jovem aprende essas virtudes observando os mais velhos, pois a força do
exemplo é o mais fundamental dos instrumentos da educação romana.
Aos
dezesseis anos, o jovem passa pelos ritos simbolizando a passagem para a
vida adulta. Troca a veste de adolescente pela veste da virilidade,a "toga virilis",
e confirma formalmente o próprio nome. A partir de então, sua educação é
entregue a um parente ou amigo da família que concorda em ensinar-lhe o
essencial na arte guerreira e agrícola. Além de aprender ginástica e o
manejo das armas, o jovem aprende a ler e escrever e a história da
Pátria.
A
educação física preparava o jovem para a carreira militar; o pai ou o
guardião ensinava-lhe a luta livre, a corrida, a caça, a equitação e a
natação. O ensino da leitura e da escrita era feito em casa. A educação
literária se limitava à transmissão de hinos religiosos, de cantos
militares e de épicos patriotas.
O
pai moldava o filho, sendo o objetivo moral e não intelectual, prático e
não literário, pois, formava-se uma sociedade de soldados e de
aristocratas.
Texto a próxima aula: Educação Brasileira: o ensino de 1º e 2º graus
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EDUCAÇÃO BRASILEIRA: O ENSINO DE 1º E 2º GRAUS
(ANTES / AGORA/DEPOIS
• Período Jesuítico (1549-1759)
A história
da Educação brasileira começou quando o primeiro governador-geral,Tomé de
Sousa,chegou ao Brasil em 1549.Veio acompanhado de diversos jesuítas comandados
pelo padre Manuel de Nóbrega.
Apenas quinze dias depois,os
missionários já faziam funcionar,na recém-fundada
cidade de Salvador,uma escola "de ler e escrever". Era o início do
processo de criação de escolas
elementares, secundárias, seminários
e missões, espalhados pelo Brasil.
Nesse período de 210 anos,os jesuítas
promoveram maciçamente a catequese dos índios,a educação dos filhos dos
colonos,a formação de novos sacerdotes e da elite intelectual,além do controle
da fé e da moral dos habitantes da nova terra.
Era difícil instalar um sistema de
educação em terra estranha de povo
tribal.De um lado,os indígenas de língua e costumes
desconhecidos e,de outro, os colonizadores portugueses,que para cá vieram,muito
rudes e aventureiros,com hábitos criticados pelos religiosos.
Ratio Studiorum,
(expressão latina Ratio Atque Institutio Studiorum Societatis Iesu),
significa organização e plano de
estudos.
Documento final do Plano de Estudos da Companhia de
Jesus, publicado em 1599, continha regras práticas sobre a ação
pedagógica, a organização administrativa e outros assuntos. O plano contemplava
o que hoje se conhece como ensino fundamental, médio e superior. Loyola,
contudo, proibiu cursos superiores como: Direito Canônico, Leis e Medicina.
As práticas e conteúdos que os jesuítas
desenvolveram de acordo com as regras codificadas no Ratio Studiorum
aplicavam-se nos seguintes cursos:
1. Letras
Humanas - > Grau médio, duração de 3 anos, formava o alicerce
de toda a
estrutura do ensino, baseada na literatura clássica greco-latina.
O curso
de Letras dividia-se em: Gramática
Humanidades e
Retórica
2. Filosofia
e Ciências (ou Artes) -> Também com duração de 3 anos, formava o
filósofo e incluía as disciplinas de:
. Lógica
. Introdução às Ciências
. Cosmologia
. Psicologia
. Física (aristotélica)
. Metafísica e
. Filosofia Moral.
3. Teologia e Ciências Sagradas -> Com duração de 4 anos,
coroava os estudos e visava a formação do padre.
O
Ensino Jesuítico
O ensino
obedecia a rigorosa inspiração escolástico-aristotélica, figurando:
Nas Humanidades
o latim e o grego como disciplinas dominantes;
Nas Ciências,
um conhecimento de Matemática, Astronomia e Física, já constituído como Filosofia.
Nas
classes de Gramática, o latim era ensinado até o perfeito domínio da
língua.
O começo fez-se naturalmente pelas aulas de ler e
escrever. Não somente nos colégios, como também nas aldeias, organizaram
escolas em que à catequese religiosa se associava a transmissão do idioma e dos
costumes de Portugal.
Para tanto não hesitaram em abdicar temporariamente
o grego que formava com o latim a base do seu plano pedagógico, e atribuir
maior importância ao português.
Como veículo
mais eficaz de comunicação com os nativos, adotaram a própria língua tupi, que
em 1556 já era ensinada no Colégio da Bahia e em 1587 no de Pernambuco.
Ao lado
do português, o tupi acabou usado como língua geral na colônia e o seu
aprendizado, geralmente informal, se dava pelos portugueses como intuito de se
aproximarem mais dos índios para o contato social e trabalho de catequese.
Características
do Ensino Jesuítico
Foram as três principais características do ensino jesuítico:
2. Fuga do trabalho manual como atitude; e
3. Verbalismo como conteúdo e método.
A primeira fez com que os níveis escolares mais baixos tivessem por única função conduzir ao superior: o de ler e escrever preparando para o de Humanidades, este para o de Artes e ambos para o clericato ou para as carreiras profanas de Medicina e Direito, sobretudo Direito.
A segunda era a contrapartida da primeira.
A terceira característica, finalmente condicionou o currículo, acompanhou o seu desenvolvimento e representou o traço marcante da educação jesuítica e, da própria educação brasileira até as décadas iniciais deste século.
As Escolas Jesuíticas
Colégio
dos Meninos de Jesus de São Vicente (1553), onde se ensinava a falar, ler, e escrever o
português e também a gramática latina aos mamelucos “mais capazes”.
Colégio
de Piratininga (1554) - Depois de fundada a cidade de São Paulo, o
Padre Manoel da Nóbrega recrutou o jovem de 19 anos, José de Anchieta, na
capitania de São Vicente, onde o mesmo se tornaria o primeiro mestre do Colégio
de Piratininga, localizado em um sítio que viria a ser o berço e o marco da
cidade de São Paulo.
Outros
colégios jesuítas foram fundados:no Rio de Janeiro (1567), Olinda (1568), Maranhão
(1622), São Paulo (1631), Santos, Pará e São Luiz (1652). Ao final do período
jesuítico, já existiam 25 residências, 36 missões, 17 colégios, seminários
menores e escolas elementares.
Expulsão dos Jesuítas
A ordem religiosa jesuítica reinou absoluta na
educação brasileira por 210 anos, encerrando-se com o Alvará de 28 de junho de
1759 que determinava a expulsão dos jesuítas. Durante esse período os jesuítas
foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Exerceram a mais poderosa
influência externa na formação da sociedade brasileira.
Em 1759,
os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias. A educação jesuítica
não convinha aos interesses comerciais emanados por Pombal.
Quebra do Monopólio
Depois da expulsão dos jesuítas (século XVIII),
desmoronou-se a estrutura criada pelos padres, e os índios aculturados não
conseguiram mais subsistir moral e economicamente.
Enquanto os jesuítas se preocupavam com o
proselitismo e o noviciado, Pombal pensava em garantir autonomia econômica para
Portugal, fortalecendo o Estado e reorganizando a administração colonial a fim
de garantir a transferência do máximo de riquezas brasileiras para o reino
português que lutava para recuperar a posição de grande potência.
Reformas Pombalinas
As
reformas constituíram uma violenta e
sistemática reação antijesuítica. Após viver séculos sob a tutela da Companhia
de Jesus, Portugal descobriu subitamente haver se distanciado das novas
ideias que empolgavam a Europa e,
buscando a recuperação, fez dos jesuítas os responsáveis por todos os seus
males passados e presentes.
Proibido o ensino do idioma Tupi
Em
1758, o Marquês, proibiu o ensino e o uso do idioma tupi e instituiu o
português como única língua do Brasil com a finalidade de enfraquecer o poder
da Igreja Católica sobre a colônia.
Criação das Aulas Régias
Pelo alvará de 28 de junho de 1759,
ao mesmo tempo em que suprimia as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as
colônias, Pombal criava as aulas régias de Latim, Grego e Retórica.
Criação
da Diretoria de Estudos
Criou também a Diretoria de Estudos
que só passou a funcionar após o seu afastamento. Cada aula régia era autônoma
e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras.
Indicação
de professores leigos
Os professores geralmente não tinham
preparação para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados
por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam
"proprietários" vitalícios de suas aulas régias.
Instituição
de aulas régias de disciplinas isoladas
O Alvará
determinou também a instituição de aulas régias (de disciplinas isoladas) de
gramática latina, aulas de grego e de retórica, além da prestação de exames
para todos os professores, que passaram a gozar do direito de nobres.
O uso do
idioma português nas aldeias
Em cada
aldeia indígena, os diretores, que impuseram o uso do português e proibiram o
uso do tupi, ocuparam o lugar dos missionários e implantaram duas escolas
publicas (uma para meninos e outra para meninas).
Criadas aulas esparsas de “primeiras
letras”,Gramática,Latim e Grego.
Nos anos iniciais foram criadas aulas esparsas de
“primeiras letras”, Gramática, Latim e Grego no Rio de Janeiro, na Bahia, em
Pernambuco, no Maranhão, em
São Paulo e em localidades de alguma importância como Vila
Rica e Mariana.
Resumindo:
Pouco a
pouco, grande parte do ensino voltava às mãos da Igreja, menos pela “instrução
em casa” que padres-mestres e capelães de engenho ministravam a filhos de
famílias abastadas.
Os
rapazes que terminavam os estudos seguiam quase diretamente dos engenhos da
mata para Coimbra ou para as universidades francesas, alemãs e inglesas.
Contudo,
a Reforma Pombalina conseguiu somente desmantelar a estrutura
construída pela
Companhia de Jesus sem romper com suas bases pedagógicas, pois os
mestres-escolas formados pelos jesuítas foram naturais continuadores de
seus
ideais.
Os atos
do Marquês terminaram por reduzir a educação brasileira a aulas isoladas (aulas
régias), professores leigos, mal preparados e mal pagos, além de contribuir
para uma baixíssima freqüência de alunos nas escolas e manter excluídos os
estudos das ciências naturais, línguas e literaturas modernas, como fizeram os
jesuítas.
• Período Joanino
Em 1808, devido aos atritos da Corte
portuguesa com Napoleão, a Família Real mudou-se para a colônia,sob a proteção
da Inglaterra.
Com a vinda de D.João VI, o Brasil
passou por modificações consideráveis, pois as dificuldades que atravessava a
economia, geravam providências corretivas como a abertura dos portos e das fábricas.
Quando a Família Real chegou ao
Brasil, existiam as aulas régias do tempo de Pombal, o que obrigou o rei a criar escolas, sobretudo superiores afim de atender as
necessidades do momento.
Inovações
no campo cultural:Imprensa
Régia (1808);Biblioteca Nacional (1810); Jardim Botânico do Rio (1810);Museu
Real (1818);
As
primeiras medidas a respeito da educação tomadas por D. João VI assim que
chegou ao Brasil, em 1808:
. a criação de escolas de nível superior para atender às necessidades
do momento, ou seja, formar oficiais do exército e da marinha (para a defesa da
colônia), engenheiros militares, médicos, e a abertura de cursos especiais de
caráter pragmático.
.
Academia Real da Marinha (1808) e Academia-Real Militar (1810): após 1832
foram anexadas, compondo uma instituição de engenharia militar naval e civil;
.
Escola Militar (1858) com
sucessivas junções e desmembramentos das academias, a Escola Militar
organizou-se em 1858 e a
.
Escola Politécnica
(1874), como instituições que preparavam para a carreira militar e formavam
engenheiros civis, respectivamente.
.Cursos médico-cirúrgicos: a partir de 1808, na Bahia e no Rio de Janeiro; visavam a formação de médicos para a marinha e o exército.
.Diversos cursos avulsos de economia, química e agricultura, também
na Bahia e no Rio.A educação, no entanto, continuou com a importância secundária.
• Período imperial
(1822-1889)
- D. João VI volta a Portugal em
1821.
- Em 1822, seu filho D. Pedro I
proclama a Independência do Brasil e, em 1824, outorga a primeira Constituição
brasileira.
- Em 1823, na tentativa de se suprir
a falta de professores, institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino
mútuo", pelo qual um aluno treinado (decurião) ensinava um grupo de 10
alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor.
- Em 1826, um Decreto institui
quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e
Academias.
- Em 1827 um projeto de lei propõe a
criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na
seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas
para meninas.
- Em 1834, o Ato Adicional à
Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela
administração do ensino primário e secundário.
- Em 1837, onde funcionava o
Seminário de São Joaquim, na cidade do Rio de Janeiro, é criado o Colégio Pedro
II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário.
Efetivamente, o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do
Império para atingir tal objetivo.
A
Constituição Outorgada de 1824, estabelecia que a “instrução primária é
gratuita a todos os cidadãos” e, quase de passagem, referia-se mais adiante a
“colégios e universidades”.
O
Poder Central tomou a seu cargo o ensino superior do país, e em relação ao
primário e secundário, limitou-se ao município da Corte.
Sem
plano de conjunto e praticamente sem articulação racional dos estudos, (a
experiência das aulas-régias ainda estava muito viva), os dois primeiros graus
se constituíram cada vez mais num trânsito para o ensino superior, já então
acrescido pelos estudos jurídicos instituídos em 1827; trânsito incômodo que o
aluno vencia tanto melhor quanto mais rapidamente o fazia.
Em relação ao ensino “de
primeiras letras”, tudo até 1854 permaneceu como antes. Nesse ano, sob a
inspiração francesa, dividiu-se a instrução primária em elementar e superior.
Na elementar - chamada igualmente de “1º Grau”. Deveria ensinar:
• instrução moral e religiosa;
• leitura e escrita;
• noções essenciais de Gramática;
• princípios elementares de aritmética;
• sistema de pesos e medidas do município.
Na escola primária superior, por deliberação do
Conselho Diretor, poderia incluir-se dez disciplinas como desdobramento dos
estudos do 1º grau. A freqüência dos escravos era proibida. A Lei 1827
estabelecia que em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos haverão
escolas de primeiras letras que forem necessárias.
Havia uma didática oficial, consagrada na Lei 1827
com a prescrição de que “as escolas serão de ensino mútuo”. Adotava-se o método
de Lancaster. Baseando-se tal método no velho principio de que a melhor forma
de saber é ensinar, os alunos se encarregavam uns dos outros.
A
primeira República, também conhecida como República Velha, foi o período que
abrange a Proclamação da República até a revolução de 1930. Em 15 de novembro
de 1889, houve uma reunião para decidir acerca da república no Brasil através
do voto popular. Até que um plebiscito fosse realizado, a República permaneceu
provisória. O governo provisório foi inicialmente comandado por marechal
Deodoro da Fonseca que estabeleceu algumas modificações como a reforma do
Código Penal, a separação da Igreja e do Estado, a naturalização dos
estrangeiros residentes no país, a destruição do Conselho, a anulação do senado
vitalício entre outras.
A
República proclamada adotou o modelo político estadunidense baseado no sistema
presidencialista. Na organização escolar percebe-se influência da filosofia
positivista. A Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios orientadores
a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária.
Estes princípios seguiam a orientação do que estava estipulado na Constituição
brasileira. Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em
formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. Outra
intenção era substituir a predominância literária pela científica.
Num
período complexo da História do Brasil surge a Reforma João Luiz Alves que
introduz a cadeira de Moral e Cívica com a intenção de tentar combater os
protestos estudantis contra o governo do presidente Artur Bernardes.
Em
1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 1931, o governo
provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as universidades
brasileiras ainda inexistentes. Em 1932 um grupo de educadores lança à nação o
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido por Fernando de Azevedo e
assinado por outros conceituados educadores da época. Em 1934, a nova Constituição
(a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é direito de
todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos. Ainda em
1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a
Universidade de São Paulo. Em 1935 o Secretário de Educação do Distrito
Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal.
A História da Educação Brasileira
A História da Educação no Brasil é
resultado de um longo processo, iniciado com a importação de valores
educacionais europeus, ajustados para nossa realidade colonial. Através da sua
história, até o início do século XX, o País manteve seu perfil agrário-mercantil,
sem grandes mudanças estruturais na economia e na sociedade civil, mesmo nas
passagens do regime colônia para o Império e na transição para a República.
As últimas décadas da Primeira República,
no entanto, marcaram um período de graduais transformações nas esferas
econômica e social. O processo imigratório e a industrialização, aliados a
eventos externos, especialmente a Primeira Guerra Mundial e a crise de 29,
remodelaram a cara do País, e as promessas liberais da República começaram a
encontrar terreno para frutificarem.
Nesse cenário de transição a educação teve
papel central. Vista como o motor do progresso ou como o necessário processo
para a criação de uma identidade nacional, os discursos sobre a educação se
intensificaram, e marcaram o período do entusiasmo pela educação. À Escola é
atribuída a responsabilidade de criar nada menos do que o próprio sentido de
nacionalidade e cidadania no Brasil.
REFERÊNCIA:
ARANHA, Maria Lúcia Arruda. História da educação e da pedagogia: Geral e Brasil. 3.ed.rev. e
ampl. São Paulo:Moderna,2006.
Texto para a próxima aula: A educação no Brasil nos dias atuais.
Texto para a próxima aula: A educação no Brasil nos dias atuais.
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A
EDUCAÇÃO NO BRASIL NOS DIAS ATUAIS
A
Constituição Brasileira de 1988 estabelece que "educação" é "um
direito para todos, um dever do Estado e da família". Todo brasileiro deve
estar voltado para a Educação. Este é o princípio do Papel da Educação.
Para falar sobre a Educação no Brasil atual,
deve estar presente também a Educação histórica neste país, pois foi a
história, pela construção do saber nacional, pela experiência do homem vivido,
que hoje temos e vivenciamos esta Educação.
A
história da educação no Brasil começou em 1549 com a chegada dos primeiros
padres jesuítas, inaugurando uma fase que haveria de deixar marcas profundas na
cultura e civilização do país. Movidos por intenso sentimento religioso de
propagação da fé cristã, durante mais de 200 anos, os jesuítas foram
praticamente os únicos educadores do Brasil. Embora tivessem fundado inúmeras
escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas foi sempre a
escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de colégios
reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais chegaram mesmo a oferecer
modalidades de estudos equivalentes ao nível superior.
Com
a expulsão saíram do Brasil 124 jesuítas da Bahia, 53 de Pernambuco, 199 do Rio
de Janeiro e 133 do Pará. A educação jesuítica não convinha aos interesses
comerciais emanados por Pombal.
Os professores geralmente não tinham preparação para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias.
O resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX, a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesuítico foi desmantelado e nada que pudesse chegar próximo deles foi organizado para dar continuidade a um trabalho de educação.
A mudança da Família Real, em 1808, permitiu uma nova ruptura com a situação
anterior. Para atender as necessidades de sua estadia no Brasil, D. João VI abriu
Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim
Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa
Régia. A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária.
Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores, institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino mútuo", pelo qual um aluno treinado (decurião) ensinava um grupo de 10 alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor.
Em 1826, um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas
primárias), Liceus, Ginásios e Academias. Em 1827 um projeto de lei propõe a
criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na
seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas
para meninas.
Em 1837, onde funcionava o Seminário de São Joaquim, na cidade do Rio de
Janeiro, é criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo
pedagógico para o curso secundário. Efetivamente, o Colégio Pedro II não
conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal objetivo.
A República proclamada adotou o modelo político
estadunidense baseado no sistema presidencialista. Na organização escolar
percebe-se influência da filosofia positivista. A Reforma de Benjamin Constant
tinha como princípios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como
também a gratuidade da escola primária. Estes princípios seguiam a orientação
do que estava estipulado na Constituição brasileira. Uma das intenções desta
Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos
superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir a
predominância literária pela científica.
Num período complexo da História do Brasil surge
a Reforma João Luiz Alves que introduz a cadeira de Moral e Cívica com a
intenção de tentar combater os protestos estudantis contra o governo do
presidente Artur Bernardes.
Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e
Saúde Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando o
ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Em 1932 um
grupo de educadores lança à nação o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova,
redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores
da época. Em 1934, a
nova Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a
educação é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos
Poderes Públicos. Ainda em 1934, por iniciativa do governador Armando Salles
Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo. Em 1935 o Secretário de
Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito
Federal.
É outorgada uma nova Constituição em 1937. A
orientação político-educacional para o mundo capitalista fica bem explícita em
seu texto sugerindo a preparação de um maior contingente de mão-de-obra para as
novas atividades abertas pelo mercado. Neste sentido a nova Constituição
enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. Por outro lado propõe que a
arte, a ciência e o ensino sejam livres à iniciativa individual e à associação
ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o dever da
educação. Mantém ainda a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário
Também dispõe como obrigatório o ensino de trabalhos manuais em todas as
escolas normais, primárias e secundárias.
Em 1942, por iniciativa do Ministro Gustavo
Capanema, são reformados alguns ramos do ensino. Estas Reformas receberam o
nome de Leis Orgânicas do Ensino, e são compostas por Decretos-lei que criam o
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e valoriza o ensino profissionalizante.
O ensino ficou composto, neste período, por cinco
anos de curso primário, quatro de curso ginasial e três de colegial, podendo
ser na modalidade clássico ou científico.
O fim do Estado Novo consubstanciou-se na adoção
de uma nova Constituição de cunho liberal e democrático. Esta nova
Constituição, na área da Educação, determina a obrigatoriedade de se cumprir o
ensino primário e dá competência à União para legislar sobre diretrizes e bases
da educação nacional. Além disso, a nova Constituição fez voltar o preceito de
que a educação é direito de todos.
Ainda em 1946 o então Ministro Raul Leitão da
Cunha regulamenta o Ensino Primário e o Ensino Normal, além de criar o Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC, atendendo as mudanças exigidas pela
sociedade após a Revolução de 1930. Baseado nas doutrinas emanadas pela Carta
Magna de 1946, o Ministro Clemente Mariani, cria uma comissão com o objetivo de
elaborar um anteprojeto de reforma geral da educação nacional.
Depois de 13 anos de acirradas discussões foi
promulgada a Lei 4.024, em 20 de dezembro de 1961, sem a pujança do anteprojeto
original, prevalecendo as reivindicações da Igreja Católica e dos donos de
estabelecimentos particulares de ensino no confronto com os que defendiam o
monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros.
Em 1950, em Salvador, no estado da Bahia, Anísio
Teixeira inaugura o Centro Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro
Ribeiro), dando início a sua ideia de escola-classe e escola-parque; em 1952,
em Fortaleza, estado do Ceará, o educador Lauro de Oliveira Lima inicia uma
didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método
Psicogenético; em 1953, a
educação passa a ser administrada por um Ministério próprio: o Ministério da
Educação e Cultura; em 1961, tem início uma campanha de alfabetização, cuja
didática, criada pelo pernambucano Paulo Freire, propunha alfabetizar em 40
horas adultos analfabetos; em 1962 é criado o Conselho Federal de Educação, que
substitui o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação
e, ainda em 1962, é criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional
de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método
Paulo Freire.
Em 1964, um golpe militar aborta todas as
iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, sob o pretexto de que as
propostas eram "comunizantes e subversivas".
O Regime Militar espelhou na educação o caráter
antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos
e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos e feridos,
nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados
e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477
calou a boca de alunos e professores.
Neste período deu-se a grande expansão das
universidades no Brasil. Para acabar com os "excedentes" (aqueles que
tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para
estudar), foi criado o vestibular classificatório.
Para erradicar o analfabetismo foi criado o
Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, aproveitando-se, em sua
didática, do expurgado Método Paulo Freire.Entre denúncias de corrupção, acabou
por ser extinto e, no seu lugar criou-se a Fundação Educar.
É instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei
era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante.
A Constituição de 1988, promulgada após amplo
movimento pela redemocratização do País, procurou introduzir inovações e
compromissos, com destaque para a universalização do ensino fundamental e
erradicação do analfabetismo.
O Projeto de Lei da nova LDB foi encaminhado à
Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elisio em 1988. No ano seguinte o
Deputado Jorge Hage envia a Câmara um substitutivo ao Projeto e, em 1992, o
Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acaba por ser aprovado em
dezembro de 1996.
O Governo Collor de Mello, em 1990, lança o
projeto de construção de Centros Integrados de Apoio à Criança - CIACs, em todo
o Brasil.
A fase politicamente marcante na educação, foi o
trabalho do Ministro Paulo Renato de Souza à frente do Ministério da Educação.
Logo no início de sua gestão, através de uma Medida Provisória extinguiu o
Conselho Federal de Educação e criou o Conselho Nacional de Educação, vinculado
ao Ministério da Educação e Cultura.
A Classe docente no Brasil atual
Ser professor hoje é uma tarefa bem difícil, mas
prazerosa, pois ele precisa se dedicar, e muito, aos estudos, a pesquisa, ao
seu desenvolvimento profissional e aos seus alunos.A profissão docente é uma
das mais difíceis, pois temos desafios todos os dias, como ensinar o aluno a
pensar, a pesquisar, etc.
Poucas profissões, em todo o mundo, gozam de
tanto prestígio junto à sociedade quanto os professores. Transmitir
conhecimento, a crianças ou adultos, é tido como uma bela 'vocação' pela
maioria das pessoas. Como toda a sociedade, porém, o trabalho realizado pelos
docentes sofreu profundas alterações nos últimos anos. As bases para as
transformações estão na própria evolução vivida no mundo. E não apenas
tecnológica, mas também de comportamento, pedagógica, na administração do
ensino, no comportamento dos alunos e no reconhecimento pelo trabalho.
A situação atual dos professores é semelhante ao
século XVIII, em relação ao salário pago. O salário médio do professor
brasileiro em início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38
países desenvolvidos e em desenvolvimento comparados em um estudo da UNESCO.
"Segundo o estudo, apenas Peru e Indonésia
pagam salários menores a seus professores no ensino primário - que equivale a
1ª à 6ª série do ensino fundamental - do que o Brasil. O resultado do Brasil
melhora um pouco quando se compara os salários no topo da escala de professores
do ensino médio. Nesse nível de ensino, há sete países que pagam salários mais
baixos do que o Brasil, em um total de 38". (GOIS, 2009).
Com os baixos salários oferecidos no Brasil,
poucos jovens acabam seguindo a carreira. Outro problema é que professores com
alto nível de educação acabam deixando a profissão em busca de melhores
salários. O Brasil é um dos países com o maior número de alunos por classe, o
que prejudica o ensino, isto é, existem mais de 29 alunos por professor no
Brasil.
Em outra situação, ser professor tem sido mais
uma vivencia de dor do que de dom. A violência nas Escolas ultrapassou todos os
limites. Os alunos em geral tem uma grande noção sobre os seus direitos
previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, dando-lhes a liberdade no
ambiente escolar. No final a violência sobra para todos os membros da
comunidade escolar. As pessoas não entendem que junto com o direito vem o dever
da obrigação e do respeito humano. Porém nem os pais de alunos e muito menos os
alunos entendem essa dinâmica social.
A lousa, o caderno, o lápis e a borracha, tão
comuns à sala de aula, não é de hoje convivem com o porte de armas, a atuação
de gangues e do tráfico de drogas, o furto e a agressão física e verbal.
Segundo a revista Veja (17 de Junho 2009), 46%
dos professores dizem que sua maior dificuldade é conter a indisciplina e
despertar a atenção dos alunos; 52% admitem atitudes agressivas com os
estudantes, tendo sido irônicos ou rudes; 47% já sofreram agressões verbais na
sala de aula e 11% chegaram a ser agredidos fisicamente.
A violência que ronda as escolas atinge todas as
classes sociais, mas é mais presente nos bairros mais carentes. O motivo,
segundo os especialistas, é a falta de estrutura familiar e a carência
financeira e muitas vezes afetiva que levam a uma degradação dos valores morais
e éticos que norteiam a sociedade.
Outra dificuldade que os professores encontram é
que muitos destes são especialistas em uma área e lecionam em uma outra, devido
a falta de professores.Ou seja, são professores que se formaram em outras áreas
e estão nas salas de aula, ensinando coisas que não estudaram na graduação. A
situação mais crítica é na disciplina de artes, seguida de geografia,
matemática e língua estrangeira.
Embora o próprio governo tenha tomado iniciativas
para melhorar o nível dos professores, os grandes agentes de transformação têm
sido os próprios. A rotina vivida dentro da sala de aula tem levado os docentes
a repensar métodos pedagógicos, instrumentos de ensino, uso de tecnologias e o
relacionamento com os alunos.
Apesar de todos esses aspectos negativos que
envolvem a classe docente, ser professor deve ser muito mais um dom que a
própria dor. Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência
e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem
educadores. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a
informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam
pessoas.
O Corpo discente no Brasil
O aluno é um agente social que leva para a escola
uma série de experiências acumuladas em casa, no trabalho, no clube, na igreja,
etc. Essas experiências do cotidiano tornam o aluno capaz de reelaborar os
conceitos emitidos pelo professor. É nessa contraposição entre a experiência do
professor e a experiência do aluno que o conhecimento se faz. Ser aluno hoje é
ser agente de elaboração do conhecimento e isso só acontece quando o aluno
debate, exige do seu professor, quando o questiona.
Atualmente está sendo difícil concentrar o aluno
em sala de aula com exercícios copiados da lousa, onde o aluno fica o tempo
todo copiando, ouvindo o professor. O aluno vem com uma bagagem muito grande de
conhecimento, principalmente no que diz respeito a novas tecnologias.
Alguns alunos de hoje não estão interessados em
aprender e sim alcançar a média para passar de ano, pois aprender se tornou uma
obrigação e não um desejo. Para outros, os alunos de hoje têm estabelecido
compromisso com o aprendizado, isto que ele adquiriram o que por muitos anos
lhes foram negado o direito de voz, hoje os alunos se expressam livremente,
expõem suas opiniões, e isto faz com que os alunos tenha vontade de aprender
existindo um compromisso com o seu aprendizado, visto que este se faze por
intermédio do próprio aluno.
Há duas classes bem distintas em relação aos
alunos de ensino Fundamental e Médio. Os alunos ricos e os alunos pobres. Os
alunos ricos estudam na rede particular. Com certeza os filhos dos políticos,
industriais, juristas, grandes comerciantes (nobreza e alta burguesia em geral)
recebendo como de costume ensino de primeira qualidade, em escola de primeira
qualidade, com professores de alto nível, para que o domínio desta "casta
nacional" seja perpetuado. Enquanto isso, os alunos pobres (dominados e
oprimidos), que estudam na rede pública. Os alunos pobres só querem estudar
para "ser" alguém na vida, mesmo que "ser" alguém
signifique ser usado e tratado como "coisa" para produzir
"coisas", que acabam dando grandes lucros para os seus
"proprietários".
Ao chegar ao Ensino Superior, acontece o reverso.
O aluno que estudou em
Escola Particular, por receber uma Educação, 'melhor', ou
seja, uma didática tecnicista, se sobressai melhor que o aluno da Escola
Publica nos vestibulares, e desta forma, permanece no ensino Superior em Universidades Publicas
ou Federais, que possuem um melhor reconhecimento pelo ENADE. Enquanto as vagas
nas Federais se esgotaram, resta ar ao aluno público as Faculdades
Particulares, onde os vestibulares são mais fáceis e acessíveis.
A educação hoje.
A Educação em todas as suas dimensões é um
desafio. Paulo Freire dizia que não se pode falar de Educação sem falar de
amor. O Amor que é um sentimento próprio, terno, quebra paradigmas, barreiras e
nos move para a construção de um mundo mais humano e educativo.
A formação do Brasil implica necessariamente na
estruturação de nosso modelo de ensino porque desde os primeiros anos de nossa
descoberta sofremos da falta de estrutura e investimento nessa área. Contudo,
aparece o problema do modelo pedagógico adotado nos dias atuais. Neste aspecto
ocorre uma polarização ou seja, as posturas mais adotadas em nosso país são
justamente a pedagogia tradicional (método fonético) e a escola nova
(construtivismo).
De um lado está a escola tradicional, aquela que
dirige que modela, que é 'comprometida'; de outro está a escola nova, a
verdadeira escola, a que não dirige, mas abre ao humano todas as suas
possibilidades de ser. É portanto, 'descompromissada'. É o produzir contra o
deixar ser; é a escola escravizadora contra a escola libertadora; é o
compromisso dos tradicionais que deve ceder lugar à neutralidade dos jovens
educadores esclarecidos.
Aparentemente temos a impressão de que o grande
problema de nossa deficiência educacional se resume a o problema da rigidez do
modelo tradicional de ensino, mas ao aprofundarmos nossa investigação
constáramos que a péssima qualidade de ensino presente nas escolas do Brasil
acontece devido, em parte tanto a falta de estrutura educacional adequada como
pela desestruturação das poucas bases presentes na pedagogia tradicional,
causada pela critica dos escolanovistas, que acreditavam piamente que puramente
pela crítica se atingiria uma melhoria no aprendizado.
A escola tradicional procurava ensinar e
transmitia conhecimento, a escola nova estava preocupada em apenas considerara
o aprender a aprender. A escola não pode e não deve continuar da mesma maneira,
usando métodos tradicionais e alheios as novas mudanças.
Mas a diferença entre a escola tradicional e
nova, não o maior problema na Educação. Ela infelizmente não é prioridade no
Brasil. Muitos recursos que chegam do governo não chegam a escola, ou se
chegam, as obras ficam pela metade, impossibilitando o aluno a ter um pouco
mais de conforto.
As divergências sociais são outro grande problema
na Educação. Enquanto há Escolas modernas, com tecnologia adequada, há outras
escolas com telhado de palha, bancos de madeira, sem conforto, sem merenda.
Estudar se transformou num sinônimo de decorar. O
nível intelectual dos alunos hoje tem caído, razões pela falta de interesse do
aluno e/ou também pelo falta de motivação do professor, que sua razão está em
seu pouco salário.
Apesar destes e de outros detalhes e pontos
negativos de nossa Educação atual aqui no Brasil, o país teve e tem seus
méritos no crescimento educacional, tais como a LDB, Fundeb, PCN, ProUni, entre
outros, que fazem parte do utópico crescimento da Educação brasileira.
Níveis de Ensino
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação a educação no Brasil se divide em: Educação Infantil ; Ensino
Fundamental ; Ensino Médio ; Ensino Superior; Educação de Jovens e adultos
(antigo supletivo) e Ensino Técnico.
Educação Infantil
Considera-se como Educação infantil, o período de
vida escolar em que se atende, pedagogicamente, crianças com idade entre 0 e 6
anos (Brasil). Na Educação Infantil as crianças são estimuladas através de
atividades lúdicas e jogos, a exercitar suas capacidades motoras, fazer
descobertas, e iniciar o processo de letramento.
Ensino Fundamental
Ensino fundamental é uma das etapas da educação
básica no Brasil. Tem duração de nove anos, sendo a matrícula obrigatória para
todas as crianças com idade entre seis e 14 anos. Regulamentado por meio da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação, em 1996, sua origem remonta ao Ensino de
Primeiro Grau, que promoveu a fusão dos antigos curso primário (com quatro a
cinco anos de duração), e do curso ginasial, com quatro anos de duração, este
último considerado, até 1971, ensino secundário.
A duração obrigatória do Ensino Fundamental foi
ampliada de oito para nove anos pelo Projeto de Lei nº 3.675/04, passando a
abranger a Classe de Alfabetização (fase anterior à 1ª série, com matrícula
obrigatória aos seis anos) que, até então, não fazia parte do ciclo obrigatório
(a alfabetização na rede pública e em parte da rede particular era realizada
normalmente na 1ª série). Lei posterior (11.114/05) ainda deu prazo até 2010
para estados e municípios se adaptarem.
Ensino Médio
O Ensino Médio, antes denominado 2º Grau, é a
etapa final da educação básica e tem como objetivos a consolidação e o
aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental e a
preparação básica para o trabalho e para a cidadania. A carga horária mínima é
de 800 (oitocentas) horas anuais ministradas em, no mínimo, 200 (duzentos) dias
letivos.
O Ensino Médio está estruturado em três anos, com
duração mínima de 2.400 horas. Tradicionalmente, na maior parte dos sistemas de
ensino, o ensino médio é composto pelo ensino de Português junto com Literatura
Brasileira e Portuguesa, de uma língua estrangeira moderna (tradicionalmente o
Inglês ou o Francês e, mais recentemente, o Castelhano), das ciências naturais
(Física, Química e Biologia), da Matemática, das ciências humanas (História e
Geografia primariamente, Sociologia, Psicologia e Filosofia secundariamente),
de Artes, de Informática e de Educação física.
Alguns Colégios da Polícia Militar do Estado da
Bahia, tem em sua grade curricular a matéria de Direito e Legislação.
Ensino Superior
Após a conclusão do ensino médio ou equivalente
no Brasil, a educação superior é composta por cinco modalidades: cursos
seqüenciais; graduação (bacharelado e licenciatura); graduação tecnológica;
pós-graduação e extensão.
Esses cinco tipos de cursos superiores são ministrados
em instituições diversas, como as universidades, os centros universitários e as
faculdades. Existem ainda outras denominações, como institutos superiores,
escolas superiores e faculdades integradas, por exemplo.
As instituições de ensino superior são públicas
ou privadas. As instituições públicas são criadas e mantidas pelo poder público
nas três esferas - federal, estadual e municipal. As instituições privadas são
criadas e mantidas por pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem fins
lucrativos.
Educação de Jovens e
adultos
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um sistema
de ensino utilizado na rede pública no Brasil para a inclusão de jovens e
adultos na educação formal. Em síntese, tem o propósito de desenvolver o ensino
fundamental e médio com qualidade para aqueles que perderam a oportunidade de
se escolarisar na época própria por arrimo ou por inadaptação.
No início dos anos 90, o segmento da EJA passou a
incluir também as classes de alfabetização inicial.
Ensino Técnico
O Ensino Técnico é voltado para estudantes de
ensino médio ou pessoas que já possuam este nível de instrução. Pode ser
realizado por qualquer instituição de ensino com autorização prévia das
secretarias estaduais de educação. Seria um nivel intermediário entre o ensino
médio e o ensino superior.
É dividido em três modalidades: Ensino técnico
integrado (o aluno selecionado faz o curso técnico integrado ao ensino médio);
Ensino técnico com concomitância externa (o aluno selecionado faz o curso
técnico simultaneamente ao ensino médio cursado em outra instituição) e
Educação profissional de ensino técnico subseqüente (o aluno aprovado no
processo seletivo e portador do certificado de conclusão do ensino médio
(antigo segundo grau) ou equivalente, pode iniciar o curso de nível técnico
pretendido).
PCN
Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN - são
referências de qualidade para os Ensinos Fundamental e Médio do país,
elaboradas pelo Governo Federal. O objetivo é propiciar subsídios à elaboração
e reelaboração do currículo, tendo em vista um projeto pedagógico em função da
cidadania do aluno e uma escola em que se aprende mais e melhor.
Os PCN, como uma proposta inovadora e abrangente,
expressam o empenho em criar novos laços entre ensino e sociedade e apresentar
idéias do "que se quer ensinar", "como se quer ensinar" e
"para que se quer ensinar". Os PCN não são uma coleção de regras e
sim, um pilar para a transformação de objetivos, conteúdo e didática do ensino.
O objetivo dos PCN é garantir a todas as crianças
e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas
desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos
como necessários para o exercício da cidadania.
Os PCN estão divididos em três blocos:
·Ensino Fundamental – 1.ª a 4.ª série: Têm como
objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou
elaboração da proposta curricular dos estados ou das escolas integrantes dos
sistemas de ensino.
Os PCN de 1.ª a 4.ª série estão divididos desta maneira: Introdução aos PCN; Língua Portuguesa; Matemática; Ciências Naturais; História e Geografia; História e Geografia; Arte; Educação Física; Temas Transversais — apresentação; Temas Transversais — Ética; Meio Ambiente; Saúde; Pluralidade Cultural e Orientação Sexual.
·Ensino Fundamental — 5.ª a 8.ª série:
Estabelecem, para os sistemas de ensino, uma base nacional comum nos currículos
e servem de eixo norteador na revisão ou elaboração da proposta curricular das
escolas. É dividido desta maneira: Introdução aos PCN; Língua Portuguesa;
Matemática; Ciências Naturais; Geografia; História; Arte; Educação Física;
Língua Estrangeira; Temas Transversais — Apresentação; Temas Transversais —
Ética;
Temas Transversais — Pluralidade Cultural; Temas Transversais — Meio Ambiente; Temas Transversais — Saúde; Temas Transversais — Orientação Sexual; Temas Transversais — Trabalho e Consumo; Temas Transversais — Bibliografia.
·Ensino Médio: Os PCN para o Ensino Médio têm por
objetivo auxiliar os educadores na reflexão sobre a prática diária em sala de
aula e servir de apoio ao planejamento de aulas e ao desenvolvimento do
currículo da escola. Os documentos estão assim apresentados: Bases Legais;
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira
Moderna, Educação Física, Arte e Informática); Ciências da Natureza, Matemática
e suas Tecnologias (Biologia, Física, Química, Matemática); Ciências Humanas e
suas Tecnologias (História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Filosofia e
Política).
De acordo com os PCN as práticas pedagógicas
deveriam seguir uma linha mais sociável, em que a escola, professor, aluno se
relacionassem de maneira a haver um intercâmbio de conhecimento entre esses
eixos educacionais.
Os temas transversais, tópico bastante importante
na proposta dos PCN, não são abordados da maneira recomendada pelo documento. O
que se vê então é uma dificuldade na assimilação do conteúdo.
Dessa forma, o reflexo da não aplicação da
proposta dos PCN implica em uma dificuldade da assimilação do conteúdo por
parte dos alunos. O que caracteriza a decadência da educação no Brasil.
Leis de Diretrizes e Bases (LDB)
É a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB),
que define e regulariza o sistema de educação brasileiro com base nos
princípios presentes na Constituição. Ela situa-se abaixo da Constituição
Federal e define as linhas mestras do ordenamento geral da Educação. É composta
de quase 90 artigos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
veio em atendimento aos preceitos constitucionais e resultou de um longo
processo de tramitação que se iniciou em 1988, ano em que foi promulgada a
Constituição da República Federativa do Brasil. Levou oito anos de tramitação
no Congresso Nacional e, finalmente, em 20 de dezembro de 1996, ganhou o número
9394 e foi sancionada e promulgada.
Como Lei nacional de Educação traçou, dentre
outras coisas, os princípios educativos, especificou os níveis e modalidades de
ensino, regulou e regulamentou a estrutura e o funcionamento do sistema de
ensino nacional. Ela envolve muitos interesses, interferindo tanto nas
instituições públicas quanto privadas, abrangendo todos os aspectos da
organização da Educação nacional.
Os primeiros artigos da LDB tratam da abrangência
do termo Educação. Ela não é apenas da Escola, ela ocorre em todos os ambientes
onde há aprendizado:
Artigo 1º - A Educação abrange os processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
Artigo 2º - A Educação, dever da Família e do
Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo par
ao exercício da cidadania e sal qualificação para o trabalho. (Lei nº 9394-96
art. 1º e 2º).
A LDB representa um grande avanço para a
Educação.Exige a valorização do educando e do educador, a valorização humana, e
a importância do contexto familiar também dentro da Educação.
Como toda lei, a LDB esta longe de
ser tudo de que se precisa para dar andamento a uma reforma educacional. O que
significa que nem tudo o que ela traz foi implantado. Muitas diretrizes nem se
quer foram efetivadas. As transformações propostas foram se dando aos poucos.
Muitos artigos foram considerados sem sentido. Mas são incontáveis as variáveis
que afetaram o processo educativo após a criação da LDB.
Analfabetismo
No Brasil há um número muito elevado de
analfabetos e pessoas que não conseguiram por alguma razão concluir a
escolaridade em tempo regular.
O analfabetismo é uma realidade social que se deu na colonização do Brasil, quando os Portugueses trouxeram um novo estilo de vida, com muitas mudanças, começando pelo uso da língua, a partir daí os que antes habitavam no Brasil passaram a ser considerados analfabetos.
O analfabetismo no Brasil è causado por vários
motivos, como a desigualdade social, pois a principio a educação era destinada
somente para a elite e os menos favoráveis economicamente eram privados de
estudar. Um outro fator não menos importante era a ausência de políticas
publicas para a camada popular. E dentre estes há muitos outros fatores que
ajudaram a promover o analfabetismo, como as condições econômicas, a cultura, as
políticas pedagógicas, a questão da raça,crença, a relação familiar e muitas
outras.
A taxa de analfabetismo prosseguiu na trajetória
de queda no País em 2007, mas o Brasil ainda está atrás de países como Bolívia
e Paraguai nesse indicador, relativa ao ano passado, divulgada hoje pelo IBGE.
Em 2007, havia 14,1 milhões de analfabetos com 15
anos ou mais de idade no País, com taxa de analfabetismo de 10%, ante 10,4% em
2006. Em 1992, a
taxa era de 17,2%. Apesar do novo recuo apurado na taxa no ano passado, o País
continua muito aquém de outros países da América Latina. Segundo dados de
projeção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco) para taxas de analfabetismo na América Latina em 2007,
reunidos pelo IBGE, a taxa brasileira é superior à apurada em países como
Bolívia (9,7%), Suriname (9,6%), Paraguai (6,3%), Argentina (2,4%) e Chile
(3,5%), entre outros. Com taxas maiores que o Brasil estão outros sete países
latino-americanos, como Haiti (37,9%), Guatemala (26,8%), Nicarágua (19,5%) e
República Dominicana (10,9%). (IBGE, 2007)
Apesar de ainda existir um grande número de
analfabetos, é possível mudar a realidade da nossa sociedade, o simples fato de
uma parte dos analfabetos estarem freqüentando a escola, já é uma grande
conquista, pois a partir do momento em que passam a estarem inseridos na
escola, passam também a ter uma abertura no mundo cultural, econômico, social e
político, possibilitando assim um Brasil melhor sem analfabetismo no futuro.
Governo e Educação
O Brasil é considerado um dos menores países onde
o Governo Federal investe na Educação. O Valor investido no ensino fundamental
nos EUA ou no Japão é quase nove vezes maior do que no Brasil, que está na 54ª
posição pelo PISA – Programa internacional de avaliação dos estudantes. (NOCA
ESCOLA, agosto de 2009).
A pesquisa também fala que os países mais bem
colocados gastam uma quantidade maior de aluno do que o Brasil. O economista
americano James Heckman diz que "...um país como o Brasil só conseguirá
realmente alcançar altos índices de produtividade quando entender que é
necessário mirar nos anos iniciais. Eles são decisivos par amoldar habilidades
que servirão de base para que outras surjam" (VEJA, 10 de Junho de
2009).
Apesar de o Brasil, não investir muito na
Educação, criou vários programas educacionais que facilitaram muitos jovens à
chegar ao ensino superior e também em outros meios de aprendizado e programas
para a avaliação dos estudantes.
Enem e ProUni
O Enem – Exame Nacional do Ensino Médio
foi instituído em 1998 para ser aplicado, em caráter voluntário, aos estudantes
e egressos deste nível de ensino. Realizado anualmente, tem como objetivo
principal avaliar o desempenho do aluno ao término da escolaridade básica, para
aferir o desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício pleno da
cidadania.
O Enem também tem como objetivo ajudar no ProUni
(Programa Universidade para todos), sendo que as pessoas que mais se destacarem
poderão fazer o ProUni e ter a chance de ganhar uma bolsa de estudos do ensino
superior.
Enade
O Enade (Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes), criado em 2004 pelo MEC é um substituto do antigo Provão, que
compreende três instrumentos: a Avaliação das Instituições, dos Cursos e dos
Estudantes. A principal diferença consiste no fato de, ao contrário da prova
anterior, que avaliava anualmente todos os formandos de cursos universitários,
o Enade avalia apenas uma amostragem de alunos iniciantes e concluintes de
determinados cursos. Eles são escolhidos por sorteio.
SAEB e Prova Brasil
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Básica (SAEB) organiza levantamentos periódicos com o objetivo de detectar o
nível de desempenho dos alunos, identificando paralelamente os fatores
associados a este desempenho. Ao SAEB, portanto, não cabe apenas apontar o que
os alunos da escola brasileira sabem ou não sabem mas, também, detectar que
variáveis do contexto interferem para que o desempenho ocorra de determinada
maneira.
A Prova Brasil foi idealizada para produzir
informações sobre o ensino oferecido por município e escola, individualmente,
com o objetivo de auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de
recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar no
estabelecimento de metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas,
visando à melhoria da qualidade do ensino.
A partir das informações do Saeb e da Prova
Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir
ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução
das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções
e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros
para áreas identificadas como prioritárias.
FUNDEF e FUNDEB
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF foi criada em 1996 e trouxe
como inovação a mudança da estrutura de financiamento do ensino fundamental no
País, pela subvinculação de uma parcela dos recursos destinados a esse nível de
ensino.
É um fundo instituído em cada Estado da Federação e no Distrito Federal, cujos recursos devem ser aplicados exclusivamente na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental público e na valorização de seu magistério.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB é um
fundo de natureza contábil. O FUNDEB substituiu o FUNDEF, que só previa
recursos para o ensino fundamental. Os recursos do Fundo destinam-se a
financiar a educação básica (creche, pré-escola, ensino fundamental, ensino
médio e educação de jovens e adultos).
FIES
O Programa de Financiamento Estudantil - FIES é
destinado a financiar a graduação no Ensino Superior de estudantes que não têm
condições de arcar com os custos de sua formação e estejam regularmente
matriculados em instituições não gratuitas, cadastradas no Programa e com
avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. Foi criada em 1999.
A partir de 2005, o FIES passou a conceder
financiamento também aos bolsistas parciais, beneficiados com bolsa de 50%, do
ProUni. Apenas para este público já foram realizadas mais de 4,6 mil
contratações.
Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede
de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em
avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma
escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e
freqüente a sala de aula.
Família e Educação
Como está escrito no início do art. 1º da LDB
"A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar..." (Lei nº 9394-96 art. 1º). É na vida familiar que se dá o
primeiro contato do cidadão com o mundo.
O exemplo materno e o paterno, a alimentação, os
sons recebidos do mundo externo, os mitos que começam a se formar, os medos, as
ambições, o aprendizado da linguagem.
Em seu lar a criança experimenta o primeiro
contato social de sua vida, convivendo com sua família e os entes queridos. As
pessoas que cuidam das crianças, em suas casas, naturalmente possuem laços
afetivos e obrigações específicas, bem como diversas das obrigações dos
educadores nas escolas. Porém, esses dois aspectos se complementam na formação
do caráter e na educação de nossas crianças.
A participação dos pais na educação dos filhos
deve ser constante e consciente. A vida familiar e escolar se completa.
"enfatizo ainda a relevância dos programas
sociais que tenham foco nas famílias, de modo que elas consigam fornecer os
incentivos certos num momento-chave. Iniciativas mínimas tem altíssimo impacto,
como o hábito de conversar com os filhos o emprestar-lhes um livro" (VEJA,
10 de Junho de 2009 p. 24)
Torna-se necessária a parceria de todos para o
bem-estar do educando. Cuidar e educarenvolve estudo, dedicação, cooperação,
cumplicidade e, principalmente, amor de todos os responsáveis pelo processo,
que é dinâmico e está sempre em evolução.
Os pais e educadores não podem perder de vista
que, apesar das transformações pelas quais passa a família, esta continua sendo
a primeira fonte de influência no comportamento, nas emoções e na ética da
criança.
Desde cedo, os pais precisam transmitir à criança
os seus valores, como, ética, cidadania, solidariedade, respeito ao próximo,
auto-estima, respeito ao meio ambiente, enfim, pensamentos que leve essa
criança a ser um adulto flexível, que saiba resolver problemas, que esteja
aberto ao diálogo, às mudanças, às novas tecnologias.
A família deve acompanhar o aprendizado escolar
de seus filhos, verificar a motivar as tarefas de casa que seus filhos recebem.
Os pais também devem acompanhar e estar presente em atividades da escola, para
que eles conheçam o ambiente escolar de seus filhos e conhecer seus
professores.
Pais e professore devem unir forças, pois são
mentores do aluno de hoje que será o continuar da sociedade de amanhã.
Principais expoentes da Educação no Brasil
Anísio Teixeira (1900-1971)
Educador, nascido em Caitité (BA), formou-se em
Direito no Rio e em Educação nos Estados Unidos (Universidade de Columbia).
Formulou e sustentou, em situações de grande pressão, a tese de dinheiro
público para a escola pública, embora reconhecesse e apoiasse o papel
complementar da escola privada. Sua cruzada pela renovação do sistema
educacional só foi interrompida nos momentos em que setores o boicotaram, em
1935 e 1964.
Na década de 20 liderou três reformas
educacionais, na Bahia, no Ceará e no antigo Distrito Federal. Também são
realizações de Anísio Teixeira a Universidade de Brasília, o Instituto de
Pesquisas Educacionais, a Fundação Nacional de Ciência, o Instituto de
Educação, pioneiro no Brasil na formação superior de professores para a escola
primária, entre muitos outros.
Algumas de suas principais obras são: Educação
para a Democracia, A Educação e a Crise Brasileira, A Universidade e a
Liberdade Humana, Educação não é Privilégio e Educação no Brasil.
Paulo Freire (1921 – 1997)
Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano,
nasceu na cidade do Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever
com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de
idade, a família mudou para a cidade de Jaboatão.
Na adolescência começou a desenvolver um grande
interesse pela língua portuguesa. Com 22 anos de idade, Paulo Freire começa a
estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife. Enquanto cursava a faculdade
de direito, casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Com a
esposa, tem teve cinco filhos e começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em
Recife.
No ano de 1947 foi contratado para dirigir o
departamento de educação e cultura do Sesi, onde entra em contato com a
alfabetização de adultos. Em 1958 participa de um congresso educacional na
cidade do Rio de Janeiro. Neste congresso, apresenta um trabalho importante
sobre educação e princípios de alfabetização. De acordo com suas idéias, a
alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada ao cotidiano do
trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade para poder
inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e política
No começo de 1964, foi convidado pelo presidente
João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o
golpe militar, o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma
ameaça à ordem, pelos militares.Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde
continuou produzindo conhecimento na área de educação. Sua principal obra,
Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu
método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a
Lei da Anistia.
Durante a prefeitura de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o
cargo de secretário municipal da Educação. Depois deste importante cargo, onde
realizou um belo trabalho, começou a assessorar projetos culturais na América
Latina e África. Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em 2/5/1997.
Suas principais obras foram: Pedagogia do oprimido;
Educação e mudança; A importância do ato de ler (em três artigos que se
completam); Alfabetização - Leitura do mundo, leitura da palavra; À sombra
desta mangueira; Pedagogia da Autonomia; Pedagogia da indignação – cartas
pedagógicas e outros escritos.
Darcy Ribeiro (1922 – 1997)
Nasceu em Montes Claros, Minas
Gerais. Antropólogo renomado, político atuante, escritor destacado na
literatura (membro da Academia Brasileira de Letras) e educador brilhante e
inovador. É difícil imaginar que alguém pudesse realizar tudo isso e em grandes
partidas, de modo tão efetivo como fez. Este é o verbete de quem viu e conviveu
com alguns desses projetos, e conversou algumas vezes com seu autor. Tais
conversas me levaram a ver no Darcy um diferencial de intenções e uma
disposição em realizá-las.
Dentre seus livros, pode-se citar O processo
civilizatório (1968), traduzido em todo o mundo; é o início da grande obra Estudos
de antropologia da civilização, que culminou com O povo brasileiro
(1997). De toda sua obra já foram impressas umas 150 edições em todo o mundo.
Com o romance Maíra (1977), Tristão de Athayde o colocou ao lado de
Gonçalves Dias na história da literatura brasileira. Seus projetos são
igualmente grandes e ambiciosos. Criou, junto com o Marechal Rondon, o Serviço
de Proteção ao Índio (SPI), que deu origem à Funai; organizou uma nova escola
básica e uma nova universidade; fez, junto com Niemeyer e Brizola, o Sambódromo
(RJ), logo copiado em todo o Brasil.
Para arrematar, tem um feito que poucas pessoas
sabem: sua participação decisiva na instalação da sede permanente do Parlamento
Latino-Americano no conjunto arquitetônico do Memorial da América Latina, em São Paulo, em 1993. Com
a finalidade de dar continuidade aos seus ideais e preservar sua memória,
deixou a Fundação Darcy Ribeiro organizada e em boas mãos, com sede no Rio de
Janeiro.
Florestan Fernandes (1920 – 1995)
Florestan Fernandes foi um militante do ensino
democrático. nasceu na cidade de São Paulo, de origem pobre, estuda com dificuldade
e destaca-se pela disciplina e esforço. Torna-se professor da Universidade de
São Paulo (USP) na década de 40, sendo afastado pelo regime militar em 1969. A partir daí passa a
lecionar em universidades do Canadá e dos Estados Unidos. Denuncia a marginalização
do negro na sociedade na tese A Integração do Negro nas Sociedades de Classe
(1964). Dedica-se, também, ao estudo das sociedades indígenas, da educação e da
modernização, além da análise crítica da sociologia. Aborda o processo
revolucionário latino-americano em Capitalismo Dependente
e Classes Sociais na América Latina (1973).
Em 1975 escreve A Revolução Burguesa no Brasil,
sobre as classes dominantes do país e sua resistência às mudanças históricas.
Volta ao Brasil em 1977, passa a lecionar na Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo (PUC), a partir de 1979, retornando à USP em 1986. É considerado o
fundador da sociologia crítica no Brasil. O sociólogo não só refletiu sobre a
Escola brasileira, apontando seu caráter elitista, como também atuou
pessoalmente em defesa da Educação para todos. Além da atividade acadêmica,
destaca-se pela militância política de esquerda, elegendo-se deputado federal
pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em 1986, para a Assembléia Nacional
Constituinte, e em 1990. Morreu em São Paulo.
Mestres Brasileiros
Anísio Teixeira, Paulo Freire, Darcy Ferreira e Florestan Fernandes foram os
principais pensadores pela Educação aqui no Brasil. Outros mestres
também escreveram seu nome na história da Educação Nacional, como os
seguintes: Manoel Bergström Lourenço Filho, Helena Antipoff, Fernando de
Azevedo, Pascoal Lemme, Durmeval Mendes, Cecília Meireles, Aparecido Joly
Gouveia, Rui Barbosa, Padre Manoel da Nóbrega, Edgar Roquette Pinto, Gustavo
Capanema, Alceu Amoroso Lima, Antônio de Sampaio Dória, Antônio Ferreira de
Almeida Júnior, Armando Álvaro Alberto, Celson Sukow da Fonseca, José Getúlio
da Frota Pessoa, José Joaquim da Cunha de Azevedo Coutinho, José Mário Pires
Azanha, Manoel José Bonfim, Nísia Floresta, Valnir Chagas, Júlio Mesquita
Filho, Bertha Maria Júlia Lutz, Heitor Villa-Lobos, Irineu Guimarães e Humberto
Mauro.
Chega-se à conclusão que o retrato da educação no Brasil é
marcado por diferenças sociais gritantes e pela negligência do Estado. Não é
uma área que recebe o reconhecimento devido, apesar de ser um dos pilares da
formação da sociedade. Com efeito, o Brasil tem pela educação uma dívida que
deve ser reparada o mais rápido possível, pois não é viável a um país ser
economicamente forte se não tiver uma educação qualificada.
A valorização dos profissionais da educação,
ampliação das condições de acesso e permanência na escola e ampliação da
qualidade do ensino oferecido são alguns dos desafios que se impõem a um
ministro da Educação que, seriamente, deseje melhorar o sistema escolar
brasileiro. Priorizar a educação é treinar o professor, é remunerá-lo de forma
digna, de maneira que ele não se sinta ridicularizado pelas péssimas condições
de trabalho.
É preciso que olhemos para a educação como um
processo contínuo e eficaz. Tenhamos desta maneira um ambiente favorável para
que crianças e jovens possam estudar sem preocupação com a violência.
Por fim, a educação Brasileira tem solução, e
temos que acreditar e realizar isso, desde que seja realizado um trabalho de
comprometimento de todos os envolvidos na educação. Contudo, a Educação hoje,
comparada ao passado, está em um crescente estável. Apesar dela haver vários
expoentes 'famosos', os verdadeiros construtores da utópica Educação estão
dentro da sala de aula, vivendo no seu anonimato.
Apenas quando a Educação for pauta prioritária no
Brasil, os brasileiros terão condições plenas de realizar seu desenvolvimento
econômico, social e político. Que a prioridade não seja apenas construir
grandes viadutos ou algo semelhante, mas sim, construir a grande sabedoria na
mente dos alunos.
Referências
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no
afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001.
GOIS, Antonio. Para Unesco, Brasil paga pouco
a professor. Disponível em: http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/unesco.htm.
Acesso em 15 de Setembro de 2009.
http://portal.mec.gov.br/index.php. Acesso em: 22
de Setembro de 2009.
KLEIN, Ruben. Como está a Educação no Brasil?
O que fazer? Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n51/a02v1451.pdf. Acesso em: 14 de Setembro
de 2009.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm Acesso em:
21 de Setembro de 2009.
NOVA ESCOLA. Grandes Pensadores. Ed. Especial.
São Paulo: Abril, n. 25.
NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril, n. 223,
Junho/Julho de 2009.
NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril, n. 224, Agosto de
2009.
NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril, n. 225, Setembro
de 2009.