sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A Bela Morte e a Boa Morte








As concepções de morte do período micênico (mitológico), do período democrático e do pensamento socrático, apresentado no vídeo 
A Bela Morte”.



           Período micênico - o tema fala de Homero e Hesíodo. Ter uma bela morte, é ter um fim glorioso, sempre lembrado, ser famoso para outras gerações, é aproximar-se do modo de vida dos deuses, seres que têm larga vida, inseridos numa espécie de temporalidade atemporal que o grego nomeia Aiôn. Nesse período, quem tinha uma bela morte eram os guerreiros heróis – os Áristos, isto é, o melhor, porque de algum modo, eles têm uma ascendência divina.



           Período democrático – Na Grécia, onde cada indivíduo existe em função do outro, pelo olhar e através dos olhos do outro, a única morte verdadeira seria o esquecimento, o silêncio, a obscura indignidade. Morte bela, heróica, palavra de celebração que assegura à morte do guerreiro uma existência eterna na memória. Para esses heróis, sucumbir em combate representa a honra suprema. Só desse modo permanecerá para sempre juvenil e belo na memória dos homens.



          A bela morte, da Ilíada à oração fúnebre ateniense e para além, os gregos designavam sob esse nome a morte do combatente. Do mundo de Aquiles à Atenas democrática do século V, a morte do guerreiro é um modelo onde se condensavam as representações e os valores, que, tanto no campo dos aqueus como na pólis Clássica. 
         Recebe epitáfios - orações fúnebres, um grego que foi morto, louvando a virtude de cidadania, por sua bravura e por sua pátria. Tem uma boa morte aquele cidadão que tem boa conduta.



          Pensamento Socrático – Segundo Platão, assim Sócrates se referiu à morte:

A boa morte assim será para o homem bom.”


Agathos – homem bom - aquele que procura viver bem com sua consciência. Aquele indivíduo virtuoso, em paz, com harmonia, de acordo com a consciência, ou seja, com o mais profundo de si mesmo.     

  
"Morrer não é algo querido jamais por nenhum mortal, mas um fardo mal aceito, imposto pelos deuses, do qual ninguém escapa".

"Ter uma bela morte é ter um fim glorioso, sempre lembrado, que torna a pessoa famosa para outras gerações; morrer belamente é aproximar-se do modo de vida dos deuses, seres que  são sem ou têm larga vida, inseridos numa espécie de temporalidade atemporal que o grego nomeia Aiôn". A que nós não temos acesso, porque estamos dentro de uma cronologia que não é Aiôn. Nós humanos, de vida breve. Seus valores fundamentais são forjados a partir desse tipo de agir, de modo que o homem valoroso, virtuoso, excelente, isto é, que tem Arité será um bom guerreiro suportando todos os atributos que as guerras exigem:coragem, força física, rigor nas decisões, técnicas no manejo de escudo e carro, juventude e sabedoria".

Nesse período quem tinha uma bela morte eram os guerreiros heróis - os  Áristos, isto é, o melhor, porque de algum modo eles têm uma ascendência divina.

Quem não tinha as honras de heróis, não tinha uma bela morte. Eram os guerreiros anônimos, que morriam em batalhas e nem por isso eram preservadas as memórias. Não eram heróis, não participavam da casta aristocrática guerreira, porque não eram Áristos; sendo assim, sua morte não guardava glória, nem fama. Já os heróis são sempre Áristos.

A velhice também era um dos modos de não ter a bela morte, porque na velhice perde o Arité (o excelente). A velhice impede a bela morte, porque quem assim morre, não possui Empedos (força intacta) e quem morre jovem e belamente estará próximo dos deuses.

Na Grécia, onde cada indivíduo existe em função do outro, pelo olhar, e através dos olhos do outro, a única morte verdadeira seria o esquecimento, o silêncio, a obscura indignidade. Morte bela, heroica, palavra de celebração que assegura a morte do guerreiro uma existência eterna na memória.

O que ocorre com quem não tem bela morte? Não tendo honras de heróis e que tiveram seus corpos mutilados perde a identidade corporal e a preservação do nome. A questão do nome é fundamental. O nome guarda o ser de cada um, arcaicamente e a família é que lhe dá a identidade.

Ter um nome é ter identidade e pertencer a um lugar como pessoa livre. Livre, no sentido que não é escravo. Tirar o nome e o aspecto externo destrói a identidade corporal.

Phatria - é o lugar de engendramento de um homem e o seu espelhamento, aspecto externo.

Eido -  na Phatria, se reconhece como alguém valoroso.

O escravo foi retirado de su lugar de origem e teve sua identidade esvasiada e assim ela desaparece.


Teoria das ideias de Platão


No mito da caverna, Platão dividiu a realidade em dois mundos: o mundo sensível (visível, mutável, das aparências, que pode ser percebido pelos nossos sentidos) e o mundo inteligível ou o mundo das ideias, onde estão as essências verdadeiras, eternas, imutáveis de tudo que percebemos no mundo sensível.

Exemplo: no mundo sensível existe uma multiplicidade de mesas, de diferentes formatos (redonda, quadrada, retangular, triangular, semicircular, etc.) e materiais (madeira, plástico, pedra, mármore, etc.). No entanto, independente de suas diferenças físicas, existe algo comum a todas elas; que faz com que todas sejam mesa e não outra coisa.
Para Platão, tudo o que existe no mundo sensível é uma cópia das ideias originais que estão no mundo inteligível. Antes de adquirirmos uma forma  física, éramos ideia, da qual participávamos na sua totalidade. Ao ganharmos a forma corpórea, nos esquecemos das ideias originais que um dia contemplamos e fomos parte. Agora, como fragmento da ideia ,perdemos a visão da sua totalidade a qual estamos sempre tentando alcançar através do conhecimento.
Conhecimento para Platão: Reminiscência = lembrança = contemplação. O espírito contempla a essência e guarda na memória o que contempla no mundo das ideias.
Além do Mito da Caverna, Platão escreveu o  Mito da Reminiscência ou o Mito de Er.
“O pastor Er, da Panfília é conduzido pela deusa até o Reino dos Mortos, para onde, segundo a tradição grega, sempre foram conduzidos os poetas e adivinhos. Ele encontra as almas dos mortos serenamente contemplando as ideias. Devendo reencarnar-se, as almas serão levadas para escolher a nova vida que terão na Terra. Após à escolha, são conduzidas por uma planície onde correm as águas do rio Léthe (esquecimento).
As almas que escolheram uma vida de poder, riqueza, glória, fama, ou vida de prazeres, bebem água em grande quantidade, o que as faz esquecer as ideias que contemplaram. As almas dos que escolhem a sabedoria, quase não bebem das águas e, por isso, na vida terrena, poderão lembrar-se das ideias que contemplaram e alcançar, nesta vida, o conhecimento verdadeiro. Desejarão a verdade, serão atraídas por ela, sentirão amor pelo conhecimento, porque, vagamente, lembram-se de que já a viram e já a tiveram".
Conhecer, portanto, não é criação ou produção humana, mas lembrança. É juntarmos fragmentos, como se fosse um quebra-cabeça: cada coisa que experimentamos, os fenômenos que desvendamos e participamos vão reconstituindo em nós, algo que na verdade sempre soubemos, mas estava esquecido.
Pedagogia para Platão = Dialética = A dois. Dialética - troca de ideias, diálogo pelo qual duas pessoas tentam sair do mundo terreno para o mundo das ideias.



segunda-feira, 20 de novembro de 2017

MINHA PEDAGOGIA NO TERCEIRO SEMESTRE EM 2012.1



TERCEIRO SEMESTRE DO CURSO DE PEDAGOGIA- 2012.1
O terceiro semestre do curso de Pedagogia teve início em 18 de abril de 2012.1, numa Quarta-feira, com a disciplina Estudos Linguísticos e Educação I com a professora Kátia Mota.
Disciplinas do Terceiro Semestre

ED0558 - ESTUDOS LINGUÍSTICOS E EDUCAÇÃO I
ED0559 - DIDÁTICA I
ED0560 - PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO
ED0561 - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
ED0562 - ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL E ESCOLAR II
ED0563 - SEMINÁRIO TEMÁTICO I:ARTES VISUAIS NA CONTEMPORANEIDADE 
ED0564 - PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA II 
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Estudos Linguísticos e Educação I -disciplina ministrada nas quatro últimas aulas na Quarta-feira, pela professora Kátia Mota que durante o semestre foi substituída pelo professor Marcos Aurélio de Souza.

Estudamos nessa disciplina: concepção de língua; Sociolinguística;  a Realidade heterogênea das línguas;Variação sociolinguística;Sistema, Norma e Fala; a Fala e a Escrita; A infância  (livro de  Graciliano Ramos); Preconceito Linguístico (livro  de Marcos Bagno); A língua de Eulália (livro de Marcos Bagno); e outros
Atividades avaliativas nessa disciplina:
1ª Unidade -
2ª Unidade -
3ª Unidade - presentamos em grupo um seminário sobre: A Linguística: a ciência da língua.
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Didática I -  eram as duas primeiras aulas na Segunda-feira e na Quarta-feira, ministradas pela professora Ana Lago.
Estudamos nessa disciplina:: Didática, concepção, conteúdo e forma;Visão de mundo:Concepção ->Teoria ->Tendência -> Método -> Ação. Didática e Sociedade; Estudamos as Teorias da Educação; Teorias críticas da Educação; Estatuto da Cientificidade da Pedagogia - parágrafo 4°; Concepção - Teorias - Tendências Pedagógicas; Relação de interdependência entre Ensino e Aprendizagem; O Ensino e a Aprendizagem Escolar; Ação transformadora de ensinar e aprender; Concepção de Docência e Práticas pedagógicas.
  
Atividades avaliativas dessa disciplina:
1ª Unidade -
2ª Unidade -
3ª Unidade - apresentamos em trio, um projeto nomeado Maria Montessori, fizemos uma exposição em painel no corredor do Departamento de Educação da Universidade. Outros projetos de outros grupos tiveram nomes como: Michel Foucault; Paulo Freire; Edgar Morin; Emília Ferreiro; Florestan Fernandes; Jean Piaget; Lev Vygotsky; Henri Wallon; Anísio Teixeira; Burrhus Frederic Skinner; Karl Rogers.
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Psicologia do Desenvolvimento e Educação - eram as quatro últimas aulas na Quinta-feira, ministradas pelo professor Vicente Carolino que foi substituído pela professora Ana Maria Portela. 
Estudamos nessa disciplina:: a História da Psicologia; Fases da História da Psicologia; 

Temas para os primeiros seminários em grupo:
. Desenvolvimento Pré-Natal, Gravidez e Nascimento;
. Desenvolvimento Físico e Cognitivo:Idades Pré-escolar e Escolar;
. Infância:Desenvolvimento Socioemocional;
. Desenvolvimento Socioemocional: Idades Pré-escolar e Escolar;
. Ambientes de Desenvolvimento: Lar e Escola;
. Adolescência e Idade do Adulto Jovem;
. Desenvolvimento Cognitivo e Socioemocional.
Temas para os últimos seminários em grupo:
. Construindo uma Vida Adulta;
. Início da Idade Adulta e Meia-Idade;
. A Idade Avançada: Desenvolvimento Cognitivo e Social;
. Os Desafios Físicos da Terceira Idade;
. A Morte e o Morrer.

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História e Cultura Afro Brasileira e Africana - eram as quatro primeiras e únicas aulas na Sexta-feira, ministradas pelo professor Raphael Vieira Rodrigues.
Estudamos nessa disciplina:: África-Berço de diversas civilizações;Documento Histórico; Afrocentrismo; A Rainha do Sol (filme em desenho); Vista a minha pele;(filme); Asterix e Cleópatra (filme); Atlântico Negro (filme);
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Pesquisa e Prática Pedagógica II - eram as quatro últimas aulas na Segunda-feira, ministradas pelo professor Natanael Reis Bonfim.
Estudamos nessa disciplina: Pesquisa, Ensino, Aprendizagem  e Avaliação (PEAA); os Planos Curriculares Nacionais (PCN); Teorias Educacionais; Linhas de Investigação na Educação;  Educação, espaço escolar, cultura, currículo interdisciplinaridade; Precarização do trabalho escolar; Situação da escola do século XX até os dias atuais; Teoria de Wallon; Teoria de Vygotsky; Teoria de Piaget; Planejamento Pedagógico; Planejamento Escolar; Plano de Ensino; plano de Aula; Plano de Pesquisa.
Atividades avaliativas dessa disciplina:
1ª Unidade - Apresentamos um seminário sobre “O que os professores do Ensino Público de Salvador sabem sobre os PCN?”
2ª Unidade - Construção escrita de um projeto pedagógico sobre Organização do Espaço Escolar no Ensino Fundamental. 
3ª Unidade - Apresentação em seminário do projeto sobre Organização do Espaço Escolar no Ensino Fundamental.
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Organização Educacional e Escolar II -  disciplina ministrada nas quatro últimas aulas na Terça-feira, pela professora Rilza Cerqueira e pela monitora Cristina Goes.
Estudamos nessa disciplina: as Leis Orgânicas; a LDB - Lei de Diretrizes de Bases da Educação; a Escola Necessária; Escola Necessária para os Tempos Modernos; Características da Escola Necessária; Mapas Conceituais Teóricos; revitalização da Escola Brasileira; Integração do sistema de ensino; Papel político educacional dos conselhos escolares, municipal, estadual e nacional; Projeto político Pedagógico (PPP) da escola e a participação da sociedade; Referenciais da Educação Infantil Fundamental; Plano Nacional de Educação e Projetos Escolares e Governamentais para melhorar a Educação Básica; Estrutura da Educação Brasileira; Modernidade Líquida; Organização da Educação Escolar no Brasil na perspectiva da gestão democrática;
Temas para Seminários em grupo nessa disciplina:

. Papel Político Educacional dos Conselhos de Educação;
. Propostas: Municipal, Estadual, Nacional e Fundeb;
. Projeto Político Pedagógico;
. Educação Infantil;
. Ensino Fundamental;
. Ensino Médio;
. Plano Nacional de Educação (PNE).
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Artes Visuais na Contemporaneidade - disciplina ministrada nas duas primeiras aulas na Terça-feira, ministradas pela professora Isa Trigo.
Estudamos nessa disciplina: Cultura e Culturas; Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte; Arte Brasileira anos 80;
Atividades avaliativas dessa disciplina: