REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA HISTÓRIA NO
ENSINO FUNDAMENTAL 60h
Ementa: O ensino da História no contexto das transições paradigmáticas da História e da educação. A didática no ensino de História: a organização dos conteúdos e metodologias de trabalho em classes de anos iniciais do Ensino Fundamental. O saber histórico na sala de aula: análise das propostas curriculares para o ensino de História. Processo de avaliação e de planejamento do ensino de História: concepção e representação de sequências didática
Avaliações da disciplina
1ª Unidade - Preparação de um Blog sobre: a Rua da Minha Infância.
2ª Unidade - Construção escrita: contexto histórico para o Blog.
3ª Unidade - Apresentação do Blog.
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Para avaliar a turma nas três unidades do semestre, o professor Alfredo Mata deu o comando para a elaboração de um Blog sobre a origem dos nossos avós vivos ou a rua da nossa infância. A minha escolha foi sobre a rua da minha infância porque me deixou muita saudade e foi muito interessante escrever sobre ela e visitá-la, para aprofundar mais nas minhas lembranças.
O QUE PESQUISAR?
- A chegada dos portugueses - As Grandes Navegações;
- A Carreira da Índia;
- O Sistema de Capitanias Hereditárias;
- A Formação do Estado da Bahia;
- O Sistema de Governo-Geral;
- Holandeses na Bahia;
- A Construção da Cidade de Salvador;
- Ladeiras que ligam as duas cidades Alta e Baixa;
- O Bairro da Liberdade;
- A Estrada das Boiadas.
Para dar início às recordações da rua da minha infância, eu não
poderia deixar de falar antes da minha cidade do Salvador. Minha cidade sim,
sem muita pretensão, mas tenho muito orgulho de ser soteropolitana,
afinal de contas, foi nela que eu nasci e vivo atualmente.
Salvador
foi a primeira cidade fundada nas terras brasileiras. Antes só
existiam vilas que foram criadas nas capitanias ao longo da costa. Mas é
certo que nenhuma delas foi classificada como cidade. Salvador, capital do Estado da Bahia, localiza-se
no litoral Oriental do Brasil.
No início do século XVI, o comércio português Europa e Ásia se baseava
em
mercadorias valiosas de pouco volume, as especiarias, provenientes das
Índias como cravo, canela, gengibre, pimenta-do-reino. Na segunda metade
do século XVII, os portugueses começaram a parar as naus da Carreira da
Índia¹ em
Salvador, no Brasil. Na verdade, essa parada em Salvador, foi para
renovar o estoque de água potável e consertar algumas embarcações e
encontrou Diogo Álvares Correia, náufrago português, há muito hospedado
pelos tupinambás.
A primeira atividade econômica na colônia foi a extração do pau-brasil. A extração era efetuada pelos indígenas e em troca do trabalho, os europeus davam produtos de baixa qualidade.³
Fundada, por ordem expressa no Regimento 4 do rei de Portugal, Salvador foi escolhida para ser a sede do governo-geral na colônia. Em 1763, a sede do Governo da Colônia foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, em função da centralização das exportações de ouro pelo seu porto.
A atividade econômica que efetivou a colonização brasileira foi o cultivo da cana-de-açúcar. No que se refere à economia, houve desenvolvimento da economia açucareira, baseada na mão-de-obra escrava africana, e a introdução das primeiras cabeças de gado.
Os
jesuítas chegaram junto com Tomé de
Souza, Governador Geral do Brasil, deram inicio à construção da igreja
de Nossa Senhora D’Ajuda, também de madeira e palha, mas já com a imagem
da santa trazida pelo próprio governador em sua bagagem.
Em 1549, Salvador já possuía pelo menos cinco igrejas: Graça, Vitória, Escada, Conceição da Praia e Ajuda. Esta última em 1552, tornou-se a primeira catedral do Brasil.
SALVADOR HOJE
A
cidade de Salvador foi fundada sobre uma falha geológica dividindo a cidade que se formou em dois níveis,
chamados Cidade Alta e Cidade Baixa. Em consequência, foram surgindo
naturalmente os caminhos que, ao longo do tempo, transformaram-se em ladeiras,
ligando os dois planos da cidade. Assim, Salvador ficou caracterizada por suas
subidas e descidas.
REFERÊNCIAS
Ao desembarcar na Baía de Todos os Santos, para fundar a cidade de Salvador, em 1549, o primeiro Governador-Geral Tomé de Souza escolheu um local favorável para construir uma fortaleza que pudesse abrigar a administração colonial e sustentar a posse portuguesa das terras brasileiras.(SILVA,2005,p.21).
A região onde se localiza Salvador era habitada pelos tupinambás, quando, em 1503, Gonçalo Coelho, com sua expedição exploratória, comercializou com os índios o pau-brasil e instalou o padrão de posse português no local do atual Farol da Barra, na entrada da baía.As embarcações da Carreira da Índia, rota marítima de Lisboa-Goa-Lisboa estavam impedidas, por vários decretos da Coroa, de fazer escala em Salvador, então o mais prestigiado dos portos de Portugal além-mar, para que os impostos sobre as mercadorias fossem recolhidos em Lisboa. Entre 1550 e 1664, a escala no Brasil estava permitida apenas em casos de avarias.² A partir de então, tais escalas passaram a ser desejadas pela Coroa, tanto na ida quanto na volta. Em 90% dos casos, o desembarque se dava em Salvador (GODINHO, 1990,p.333-374).
Nas imediações do Farol da Barra, Francisco Pereira Coutinho, donatário da capitania da Baía de Todos os Santos, mandou construir casas para os moradores, possibilitando o crescimento da vila do Pereira.Assim,surgiu o primeiro povoado com a integração de europeus.O local passou a ser conhecido como a Ponta do Padrão, na entrada da Baía de Todos os Santos.
OS HOLANDESES NA CIDADE DO SALVADOR
Os holandeses tentaram invadir a Bahia por duas vezes. A Espanha, percebendo as intenções da Holanda, ordenou ao governador que fortificasse Salvador, mas não enviou recursos suficientes para isso. Em 1624, os holandeses bombardearam Salvador e a população fugiu apavorada. Os holandeses tomaram a cidade e aprisionaram o governador Diogo Mendonça Furtado. Enquanto os invasores se fixavam na cidade, os habitantes do interior, passaram a organizar guerrilhas tentando expulsá-los. Era estratégia para desgastar o inimigo.
Os invasores penetraram na Baía de Todos os Santos, bombardearam o centro da cidade do Salvador. A cidade lutou como pode. Os fortes, os soldados, até os índios, a defenderam. A população fugiu desesperada abandonando as armas que o Governador havia lhes dado. O Governador Geral, Diogo de Mendonça Furtado, rendeu-se.(TAVARES, 1979p.82-83)
Em
1625, a cidade se organizava para derrotar os holandeses. Felipe III
enviou para o Brasil uma das mais fortes armadas composta por 52 navios
de guerra, 1185 canhões e 12000 soldados.
A armada era comandada pelo almirante espanhol Fradique de Toledo. Fradique e Francisco cercaram Salvador e ainda receberam reforços de Pernambuco - comandados por Mathias de Albuquerque -, e do Rio de Janeiro, por Martim Correia de Sá. A Bahia fazia parte de uma trama bélica entre as forças europeias, envolvendo a Espanha e a Holanda, que lutavam pelos domínios do Atlântico, mas também envolvia todo o Brasil, no esforço de expulsar o invasor. Os holandeses se renderam em 1º maio, quase um ano após a invasão (TAVARES,1979,p.83).
ECONOMIA DA METRÓPOLE COLONIAL
A primeira atividade econômica na colônia foi a extração do pau-brasil. A extração era efetuada pelos indígenas e em troca do trabalho, os europeus davam produtos de baixa qualidade.³
Fundada, por ordem expressa no Regimento 4 do rei de Portugal, Salvador foi escolhida para ser a sede do governo-geral na colônia. Em 1763, a sede do Governo da Colônia foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, em função da centralização das exportações de ouro pelo seu porto.
A atividade econômica que efetivou a colonização brasileira foi o cultivo da cana-de-açúcar. No que se refere à economia, houve desenvolvimento da economia açucareira, baseada na mão-de-obra escrava africana, e a introdução das primeiras cabeças de gado.
Tomé de Souza desembarcou na atual praia do Porto da Barra, logo subiu a atual ladeira da Barra e seguiu em busca de um local seguro para construir a primeira cidade. Ele encontrou na área que fica entre a rua da Misericórdia e a Praça Castro Alves, o local ideal para construir a primeira cidade, pois, além de possuir bons ares, água abundante e um porto com ancoradouro seguro na Baía de Todos os Santos, essa área favorecia uma visão ampla, a longa distância.
Por outro lado, qualquer invasor que pretendesse alcançar essa área por terra teria que atravessar o rio das Tripas e subir altas ladeiras, podendo dessa forma ser expulso pelos defensores da cidade.
Com a finalidade de controlar a entrada e saída das pessoas neste cerco inicialmente estabelecido, foram instaladas duas portas: a de Santa Luzia, ao sul, onde atualmente está o Palácio dos Esportes, na Praça Castro Alves, e a de Santa Catarina, ao norte, no começo da rua da Misericórdia.
As portas de
Santa Luzia foram edificadas próximas ao Teatro Gregório de Matos
enquanto o de Santa Catarina se localizava no Largo do pelourinho.
Em 1549, Salvador já possuía pelo menos cinco igrejas: Graça, Vitória, Escada, Conceição da Praia e Ajuda. Esta última em 1552, tornou-se a primeira catedral do Brasil.
SALVADOR HOJE
REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR
A cidade hoje, assume um caráter metropolitano, com uma diversificada base industrial e de serviços, sendo o centro da chamada Região Metropolitana de Salvador (Mapa acima). A região abrange também os municípios de São Francisco do Conde, Madre de Deus, Candeias, Simões Filho, Camaçari, Lauro de Freitas, Dias D'Ávila,Itaparica e Vera Cruz.
A cidade do Salvador tem áreas com uma densidade demográfica extremamente alta, como por exemplo, o bairro da Liberdade, onde, em alguns trechos, ultrapassa a densidade de 40.000 habitantes por quilômetros quadrados (Silva,2004,p.167).
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1. Carreira da Índia: Nome dado ao sistema de frotas responsável pelas navegações
anuais entre Portugal e a Ásia pela Rota do Cabo durante os séculos XVI, XVII e XVIII.
2. Avaria:Estrago, dano ou prejuízo.
3. Comércio denominado de escambo.
4. Documento escrito pelo rei de Portugal que definia as tarefas de Tomé de Sousa, além de indicá-lo como governador-geral, havia recomendações de como colonizar o Brasil e lidar com os índios no papel de evangelizador da colonização.
2. Avaria:Estrago, dano ou prejuízo.
3. Comércio denominado de escambo.
4. Documento escrito pelo rei de Portugal que definia as tarefas de Tomé de Sousa, além de indicá-lo como governador-geral, havia recomendações de como colonizar o Brasil e lidar com os índios no papel de evangelizador da colonização.
REFERÊNCIAS
GODINHO,
Vitorino Magalhães, "Os portugueses e a Carreira da Índia 1497-1810",
in Mito e Mercadoria, Utopia e Prática de Navegar. Séculos XVI-XVIII, Lisbon,
1990, pp. 333-374.
ORDONEZ, Marlene. e QUEVEDO, Júio. História do Brasil.IBEP,São Paulo,1977.
SILVA,Bárbara-Christine Nentwig Silva [et al].Atlas Escolar Bahia:espaço geo-histórico e cultural.2ªed.João Pessoa:Grafset,2004.
SILVA, Cecília Luz da. A cidade do Salvador nos seus 454 anos. Salvador: EdUNEB,2005.
SILVA, Cecília Luz da. A cidade do Salvador nos seus 454 anos. Salvador: EdUNEB,2005.
TAVARES,
Luís Henrique Dias. História da
Bahia. 7ª ed. São Paulo: Ática, 1981.